Elemento Pré-Fabricado


INTRODUÇÃO
A construção civil desde os tempos mais remotos, quando o homem
começou a construir edificações que pudessem servir como abrigo contra as
intempéries, sempre foi marcada pela forma arcaica e artesanal de como era feita.
A manipulação de ferramentas e materiais sempre significou um carácter de
manufactura no sistema construtivo. Apesar de hoje termos inúmeras inovações
tecnológicas no sector da construção civil, ainda podemos considerá-lo como um
sector antiquado e ultrapassado, onde prevalecem técnicas construtivas tão antigas
que podemos considerá-las como milenares. O país perdeu grandes oportunidades de crescer tecnologicamente, junto com outros países muitos deles europeus, quando falamos em industrialização da construção civil. Muitas empresas até que tentaram no passado seguir por este caminho, mas foram barradas pelas dificuldades encontradas com a falta de apoio, incentivo e até mesmo credibilidade.

ELEMENTO PRÉ-FABRICADO

 elemento pré-fabricado é aquele executado industrialmente, mesmo em instalações temporárias em canteiros de obra, sob condições rigorosas de controle de qualidade, Os elementos produzidos em usina ou instalações analogamente adequadas aos recursos para produção e que disponham de pessoal, organização de laboratório e demais instalações permanentes para o controle de qualidade, devidamente inspeccionada pela
fiscalização do proprietário, recebem a classificação de pré-fabricados.

A pré-fabricação, segundo Ordonez et alii apud Sabattini et alii (s.d), “é uma
fabricação industrial, fora do canteiro, de partes da construção, capazes de serem
utilizadas mediante acções posteriores de montagem”.
A pré-fabricação é uma ferramenta extremamente eficiente para proporcionar
um incremento aos níveis de industrialização dos processos de produção, se
adoptada dentro de uma visão sistémica da construção de um edifício, em que a
racionalização seja parte fundamental deste processo


ELEMENTO PRÉ-FABRICADO
 pré­-moldado pode ser definido como o
elemento executado fora do local de utilização definitiva na estrutura, com controle
de qualidade, os elementos produzido em condições menos rigorosas de controle
de qualidade e classificados como pré-moldados devem ser inspeccionados
individualmente ou por lotes, através de inspectores do próprio construtor, da
fiscalização do proprietário ou de organizações especializadas, dispensando-se a


PRÉ-FABRICAÇÃO DE CICLO FECHADO
A pré-fabricação de ciclo fechado foi a primeira e a que mais rapidamente se
difundiu nos anos 50 e 60, inicialmente com os grandes painéis de concreto que
marcaram a reconstrução da Europa no pós-guerra

O fracasso da aplicação destes princípios à indústria da construção deveu-se
a motivos diversos; um dos mais apontados foi a sua rigidez, incompatível com a
estrutura pulverizada e heterogénea do mercado de edificações.
Ou seja, o declínio do uso de sistemas construtivos fechados veio, pois este
sistema era desenvolvido a partir de um projecto arquitectónico único, que lhe servia
de modelo e não permitiam variações na disposição e nas dimensões dos
cómodos, das janelas, das portas ou de qualquer componente da moradia.
Segundo Mandolesi  “o sistema fechado só se viabiliza
economicamente quando são considerados somente os custos de construção,
desconsiderando a manutenção, alteração para adequação e ampliação e, mesmo
assim, para um grande número de unidades”


PRÉ-FABRICAÇÃO ABERTA
A tendência de industrialização de ciclo aberto e a política de produção de
componentes deram margem ao aparecimento, no final da década de 1 980 e início
dos anos 1 990, daquilo que se convencionou chamar na Europa de a "segunda
geração tecnológica" no campo da industrialização da construção, onde os
sistemas construtivos de ciclo aberto passaram a ser a marca.
A flexibilização e produtividade são incorporadas pela utilização de sistemas
pré-fabricados abertos leves, que procuram, a partir de inovações nos sistemas
construtivos, induzir a racionalização no processo de trabalho.


A pré-fabricação aberta permite diferentemente da pré-fabricação fechada a
intercabialidade dos elementos pré-moldados com outras obras e geralmente os elementos utilizados para construção são facilmente encontrados no mercado por
diversos fornecedores.
Segundo Macedo (2003), a marca desta segunda geração definidoras dos
sistemas abertos de pré-fabricação são:


• A coordenação dimensional que possibilite unir o maior número de
elementos e produtos de distintas procedências.
• O catálogo de elementos padronizados, que possibilita ao usuário uma
informação exaustiva sobre o produto, de modo a facilitar o seu emprego.
• O raio de acção tanto maior quanto mais específicos sejam os elementos pré
fabricados.
• A flexibilidade dos processos de produção, de modo a atender encomendas
de produtos especiais, tirando de linha produtos que se tornaram obsoletos,
combatendo a tendência de fechamento paulatino do processo.
• A montagem dos componentes pré-fabricados por terceiros, já que os
fabricantes preferem se responsabilizar, sobretudo, pelo bom
comportamento de seus produtos.
• A possibilidade de manter elementos de catálogo em estuque, especialmente
se ocupam pouco volume.

Portanto, o sistema de produção de ciclo aberto tem proporcionado aumento
do emprego de pré-fabricados, já que o mesmo além de tornar a indústria do pré-fabricado mais atraente do ponto de vista comercial ainda possibilita certa
plasticidade na concepção de projectos, o que não ocorre em sistemas de ciclo
fechado.


VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DE ELEMENTOS PRÉ-
FABRICADOS
Apesar de todo o potencial da construção pré-fabricada, quando da escolha
entre um sistema construtivo pré-fabricado ou tradicional, é necessário conhecer
quais as modificações que poderão ocorrer em termos de planejamento,
organização e implemento da qualidade.
A industrialização da construção civil é um processo evolutivo que, através de
acções organizacionais e da implementação de inovações tecnológicas, de métodos
de trabalho e técnicas de planejamento e controle, objectivo incrementar a
produtividade e o nível de produção e aprimorar o desempenho da actividade
construtiva.
Com o objectivo de construir com qualidade, sustentabilidade e com menor custo
relaciona-se abaixo alguns dos problemas encontrados na construção
convencional:

• Vários insumos para aquisição e transformação no canteiro;
• Dificuldade no controle de qualidade e quantidade dos materiais recebidos;
• Dificuldade no controle de rendimento do trabalho no local da obra;
• Desperdício de materiais e mão-de-obra;
• Necessita de muitos operários trabalhando por longo período;
• Baixa qualidade da mão-de-obra na construção civil;
• Dificuldade no atendimento das actuais normas de segurança do trabalho.


COMO VANTAGENS DE UM SISTEMA CONSTRUTIVO INDUSTRIALIZADO PODEM-SE DESTACAR
NA CONSTRUÇÃO PRÉ-FABRICADA: 
• Retirada de actividades do canteiro;
• Maior limpeza e organização do canteiro
• Necessidade de poucos operários trabalhando por pequeno período no
canteiro de obras.
•• Velocidade de montagem;
• Facilidade de controle e segurança na produção industrial;
• Facilidade de controle possibilitando um baixo índice de desperdício;
• Baixo custo de instalações de canteiros de obras;
• Limpeza, rapidez e facilidade ao atendimento das normas de segurança do
trabalho;
• Diminuição de acidentes;

• Facilidade de utilização de instalações embutidas e de manutenção dessas
instalações;
• Facilidade na introdução de isolamentos;
• Possibilidade de ganho de área útil construída;
• Aceleração do cronograma e reduções de prazos e custos;
• Maior qualidade e segurança no resultado final da obra;
• Melhor aproveitamento do espaço interno;

 COMO DESVANTAGENS DO SISTEMA PRÉ-FABRICADO:

• Necessidade de continuidade de produção;
• Necessidade de precisão dimensional, pois como é baixa a improvisação
qualquer erro nas dimensões caracteriza-se a perda da peça;
• Limitação estrutural;
• Utilização de equipamentos especiais de transporte horizontal e vertical,
principalmente com relação ao deslocamento fabrica/obra, devido às
limitações de gabarito;
• Imagem negativa das vedações pré-fabricadas juntos aos usuários;
• Normalização de desempenho ainda em desenvolvimento;
• Necessidades de mudanças na qualidade do processo de produção dos
demais subsistemas

 CONCLUSÃO

Este trabalho teve como objectivo principal explorar os novos sistemas
construtivos existentes no mercado de forma a proporcionar a racionalização e
mecanização do modo de construir aplicado hoje no sector, e a construção pré-
fabricada em concreto tem se consolidado como a forma mais viável e mais
difundida para se promover essa industrialização do sector.

Apesar de que a adopção destas novas práticas não implique
necessariamente no emprego da pré-fabricação total, está claro que a
transformação da obra num local de montagem de partes pré-fabricadas é uma
alternativa que pode contribuir decisivamente para melhorar o controle dos elementos.

BIBLIOGRAFIA

JETCASA Sistema Construtivo Industrializado, Disponível em:
. Acesso em: 13 de Marco de 2008.